PARA O PRIMEIRO ANO DO NATÁLIO - TURMAS 1101 E 1102

CRIATURINHAS FOFAS, NÃO PRECISA RESPONDER. FAREMOS ISSO EM AULA. É SÓ IMPRIMIR E LEVAR. 

TEXTO 1 – Autopsicografia – Fernando Pessoa (poeta português)

                O poeta é um fingidor.                      
                Finge tão completamente                 
                Que chega a fingir que é dor          
                A dor que deveras sente.     

E os que leem o que escreve,
na dor lida sentem bem,
nas as duas que ele teve,
mas só a que eles não têm.

                                               E assim nas calhas da roda
                                               Gira, gira a entreter a razão,
                                               Esse comboio de corda
                                               Que se chama coração.

TEXTO 2 – Poética – Cassiano Ricardo (poeta brasileiro)

I                                             II
Que é poesia?                     Que é poeta?
    uma ilha                           um homem
    cercada                            que trabalha o poema
de palavras                          com o suor do seu rosto.
  por todos                            Um homem
   os lados.                            que tem fome
                                               como qualquer outro
                                               homem.


TEXTO 3 – Sem Título – Isac Machado de Moura

A poesia é como um pássaro que voa,           
que corre: foge e se aproxima                         
com ou sem rima                                               
em versos corridos:                                           
brancos ou coloridos;                                     
que ama e critica                                                               
em rima pobre ou rica.                                   
O poeta é qual viveiro convidativo                              
onde o pássaro poesia repousa                     
e ousa inspirar.
O poeta inspirado faz sonhar...
refletir,
chorar ou sorrir
sob a magia do verso
“avesso do avesso”
enfrentando um preço
que ninguém quer pagar:
o preço da cultura
clássica ou popular.

Exercícios
1.       Com base no texto de Cassiano Ricardo (parte I), podemos afirmar que:
a)       A criação poética exige isolamento e trabalho.
b)       A criação poética não exige esforço; é fruto exclusivo da inspiração.
c)       Só o convívio com outras pessoas possibilita a criação poética.
d)       A beleza da arte nada tem de comum com a realidade.

2.       Ainda baseado no mesmo texto, assinale a alternativa que melhor se relaciona com ele:
a)       A criação poética exige esforço.
b)       A forma poética deve traduzir o esforço exigido na sua  elaboração.
c)       O texto poético exige sobriedade.
d)       O texto poético é o oposto da simplicidade.

3.       Pode-se depreender do texto I, de Fernando Pessoa:
a)       A divinização do poeta.
b)       A dessacralização do poeta.
c)       A desvalorização do poeta.
d)       A ultravalorização do poeta.

4.       Ainda de acordo com o texto I:
a)       A poesia  é feita de sofrimento.
b)       A poesia exige isolamento.
c)       A poesia se faz com palavras.
d)       A poesia é privilégio de poucos.

5.       A palavra ilha, empregada no texto de Cassiano Ricardo (parte I):
a)       Está usada no sentido próprio.        c) significa isolamento.
b)       Está usada em sentido figurado.    d) é sinônimo de poeta.

6.       De acordo com o texto 2 (parte I), a criação poética:
a)       É fruto exclusivo da inspiração.
b)       Se faz de acontecimentos.
c)       Se faz exclusivamente de emoções.
d)       Exige elaboração técnica.

7.       A repetição da palavra homem, na segunda estrofe do texto 2:
a)       Não traz qualquer efeito expressivo.
b)       Contribui para a expressividade.
c)       É apenas ocasional.
d)       É exigida  pela rima.

8.       O título da composição de Cassiano Ricardo:
a)       É perfeitamente dispensável no texto.
b)       Importa para a compreensão plena do texto.
c)       Não se relaciona com o tema do texto.
d)       Só se refere a primeira parte do poema.

9.       Assinale a única afirmação absurda:
a)       Língua, cultura e literatura mantêm estreitas relações.
b)       Língua, cultura e literatura não têm nenhuma relação.
c)       A língua é a linguagem de uma comunidade.
d)       Só existe literatura onde há um povo que pensa, sente, age e se expressa através de uma língua.

10.    Considerando o texto 3, de Isac M. Moura, marque C para certo ou E para errado.
a)       (  ) O poeta é uma pessoa capaz de sentir emoções (chorar, sorrir).
b)       (  ) O mais importante na poesia é o conteúdo e não a forma.
c)       (  ) O mais importante na poesia é a forma e não o conteúdo.
d)       (  ) A rima é fundamental.
e)       (  ) O poeta pode enfrentar problemas financeiros quanto a aceitação da sua arte.
f)        (  ) O poeta é um ser sobrenatural.
g)       (  ) O poeta é humano.

11.    Com relação ao texto de Fernando Pessoa, responda as questões a seguir:
a)       Na primeira estrofe do poema, o autor trabalha com um jogo de palavras. Quais são essas palavras?


b)       Explique a relação estabelecida na última estrofe entre coração e razão.


12.       Linguagem literária ou não-literária (referencial)?

a)       “O homem velho deixa vida e morte para trás
Cabeça a prumo, segue rumo e nunca, nunca mais
O grande espelho que é o mundo ousaria refletir os seus sinais
O homem velho é o rei dos animais.”

b)       “Para o mundo quando era quinhentos anos mais novo, os contornos de todas as coisas pareciam mais nitidamente traçados do que nos nossos dias. O contraste entre o sofrimento e a alegria, entre a adversidade e a felicidade parecia mais forte.”


c)       “A rede de tricô era áspera entre os dedos, não íntima como quando a tricotara. A rede perdera o sentido e estar num bonde era um fio partido; não sabia o que fazer com as compras no colo. E como uma estranha música, o mundo recomeçava ao redor.”

d) “Autoridades culturais italianas estão tentando levantar fundos (com participação internacional) para desenterrar e recuperar os tesouros arqueológicos da cidade de Herculano, destruída com Pompéia pelo vulcão Vesúvio (sul de Nápoles).



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