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Mostrando postagens de março, 2021

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

  As funções da linguagem são formas de utilização da linguagem segundo a intenção do falante. Elas são classificadas em seis tipos: função referencial, função emotiva, função poética, função fática, função conativa e função metalinguística. Cada uma desempenha um papel relacionado com os elementos presentes na comunicação: emissor, receptor, mensagem, código, canal e contexto . Assim, elas determinam o objetivo dos atos comunicativos. Embora haja uma função que predomine, vários tipos de linguagem podem estar presentes num mesmo texto.   1.Função Referencial ou Denotativa Também chamada de função informativa , a função referencial tem como objetivo principal informar, referenciar algo. Voltada para o contexto da comunicação, esse tipo de texto é escrito na terceira pessoa (singular ou plural), enfatizando seu caráter impessoal. Como exemplos de linguagem referencial podemos citar os materiais didáticos, textos jornalísticos e científicos. Todos eles, por meio de uma lin

A TERCEIRA FASE DO MODERNISMO BRASILEIRO: 1945 - 1960

  A terceira geração modernista, terceira fase do modernismo ou fase pós-modernista representa o último momento do movimento modernista no Brasil.   Também chamada de “Geração de 45”, a última fase do modernismo começa em 1945 e se estende até 1960.   Alguns estudiosos preferem apontar o fim do modernismo na década de 1960. Outros, ainda, afirmam que o modernismo está presente até os dias atuais.   Os escritores desse período possuíam uma atitude mais formal, em oposição ao espírito radical, contestador e de liberdade desenvolvido na Semana de 1922.   Contexto Histórico O momento em que surge a terceira geração modernista no Brasil é o período menos conturbado em relação às outras duas gerações. Ou seja, é a fase de redemocratização do país, visto que em 1945 termina o Estado Novo (1937- 1945) que fora implementado pela ditadura de Getúlio Vargas . No contexto mundial, o ano de 1945 é também o fim da segunda guerra   e do sistema totalitário do Nazismo . Entretanto

O CORTIÇO - RESUMO

  O Cortiço é um romance do escritor brasileiro Aluísio de Azevedo . Foi publicado em 1890 e faz parte do movimento naturalista do Brasil. A obra retrata a vida das pessoas simples em um cortiço (habitação coletiva) do Rio de Janeiro. Com um teor crítico, trata-se de uma exímia representação da realidade brasileira do século XIX.   Personagens da obra João Romão : português dono do cortiço, da venda e da pedreira. Bertoleza : escrava amante de João Romão que trabalha para ele. Miranda : português burguês casado com Estela e que vive ao lado do cortiço. Estela : esposa infiel do português Miranda. Zulmira : filha de Estela e de Miranda, além de esposa de João Romão. Jerônimo : português que administra a pedreira de João Romão. Tem um caso com Rita Baiana. Rita Baiana : mulata sedutora que vive no cortiço. Teve um caso com Firmo, e mais tarde se envolveu com o português Jerônimo. Piedade : esposa de Jerônimo que ao descobrir sua traição com Rita Baiana, entrega-s

FIGURAS DE LINGUAGEM – PARTE 2

  1. Sinestesia A sinestesia acontece pela associação de sensações por órgãos de sentidos diferentes. Com aquele olhos frios , disse que não gostava mais da namorada. (A frieza está associada ao tato e não à visão). Abacaxilda tinha um cheiro doce . (olfato e paladar)   2. Perífrase A perífrase, também chamada de antonomásia , é a substituição de uma ou mais palavras por outra que a identifique. O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 8 quilômetros. (O rugido do leão é ouvido a uma distância de 8 quilômetros.) A cidade maravilhosa continua linda. (Rio de Janeiro) O país do carnaval precisou cancelar a festa.   (Brasl)   3. Hipérbole A hipérbole corresponde ao exagero intencional na expressão. Quase morri de estudar. Estou te esperando há um século . Tristarildo chorou rios de lágrimas .   4. Apóstrofe A apóstrofe é a interpelação feita com ênfase, chamamentos, invocações. Ó céus, é preciso chover mais? Ó céus! Porque não me

ADOLFO CAMINHA E SEU "BOM CRIOULO"

  Adolfo Ferreira Caminha nasceu no dia 29 de maio de 1867 em Aracati, no Ceará. Sua infância não foi muito tranquila, pois ficou órfão de mãe muito cedo, com apenas 10 anos, no ano de 1877, mesmo ano em que o Nordeste foi assolado por uma terrível seca. Após ficar órfão, foi com seus cinco irmãos para Fortaleza, onde teve seus primeiros estudos; e seis anos depois, em 1883, foi para o Rio, onde estudou na Escola Naval. Devido à instituição ser conservadora e monarquista, lá revelou seus primeiros sentimentos republicanos e abolicionistas, chegando ao extremo de, com apenas 17 anos, fazer um discurso na presença de D. Pedro II, declarando-se contra a escravidão e o império. Mesmo assim formou-se na Escola Naval no ano de 1885, como guarda-marinha. Por volta de 1886 demonstra sua vocação de escritor através da publicação dos poemas “Vôos Incertos”. Em 16 de Dezembro de 1887 foi promovido a 2º tenente, mesmo ano em que publicou seu primeiro livro de contos. No ano seguinte, pede tra

SEGUNDA FASE DO MODERNISMO BRASILEIRO NA PROSA

  A prosa da 2ª fase modernista caracteriza-se pelo regionalismo , pela relação do homem com o meio em que vive. A Literatura Brasileira já apresentava uma tendência regionalista. Desde o Romantismo, a busca de traços particulares da realidade brasileira já estava presente em algumas obras, entretanto, neste período, a partir das conquistas da primeira fase modernista e das ideias socialistas, os autores dão um novo tom a esse regionalismo. O livro A BAGACEIRA, de José Américo, é considerado o primeiro romance regionalista do Modernismo. Mas seu valor deve-se mais à temática histórica da seca, dos retirantes e ao aspecto social do que aos aspectos literários.   2ª FASE MODERNISTA (1930-1945) PROSA: * Rachel de Queiroz (Ceará) * Graciliano Ramos (Alagoas) * Jorge Amado (Bahia) * José Lins do Rego (Paraíba) * Érico Veríssimo (Rio Grande do Sul)   Todos esses autores, exceto o último,   voltaram-se basicamente para os temas do Nordeste, como a seca, o cangaço e o ciclo