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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

DRUMMOND E VINÍCIUS - SEGUNDA GERAÇÃO MODERNISTA

  CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE Considerado um dos maiores escritores do Brasil, Drummond fez parte da segunda geração modernista. Foi precursor da chamada "poesia de 30" com a publicação da obra "Alguma Poesia". Carlos Drummond de Andrade nasceu dia 31 de outubro de 1902 em Itabira do Mato Dentro, no interior de Minas Gerais. Descendente de uma família de fazendeiros tradicionais da região, Drummond foi o nono filho do casal Carlos de Paula Andrade e Julieta Augusta Drummond de Andrade. Desde pequeno Carlos demonstrou grande interesse pelas palavras e pela literatura. Em 1916, ingressou no Colégio em Belo Horizonte. Dois anos mais tarde, foi estudar no internato jesuíta no Colégio Anchieta, no interior do Rio de Janeiro, Nova Friburgo, sendo laureado em “Certames Literários”. Em 1919, foi expulso do colégio jesuíta por “insubordinação mental” ao discutir com o professor de Português. Assim, retorna a Belo Horizonte e a partir e 1921 começa a publicar seus

AS FUNÇÕES DA LITERATURA

  Engana-se quem pensa que a literatura serve apenas para nos fazer “viajar” para outros universos. Obviamente, textos literários podem ter essa função de aguçar nossa imaginação e nos levar “além da realidade”, mas a literatura não se resume apenas a isso. Aristóteles foi o primeiro pensador que discutiu sobre as funções da literatura em sua obra “Poética”, definindo que os textos literários possuem três funções: a cognitiva, a estética e a catártica. Contudo, no contexto atual, estudos diversos incorporam outras funções da literatura, que você irá conhecer em detalhes logo abaixo.   1- Função político-social: realizar críticas sociais e políticas A obra literária pode ter como função a apresentação de um retrato da realidade de modo a descrever, criticar, ironizar ou satirizar problemas da nossa sociedade. Quando isso ocorre, dizemos que a literatura é engajada . As questões sociopolíticas retratadas podem ser diversas, como o racismo, a seca, a corrupção, a pobreza, o

MACHADO DE ASSIS – O NOME DO REALISMO BRASILEIRO

  Machado de Assis (1839-1908) é um dos maiores representantes da literatura brasileira. O grande escritor foi o responsável por inaugurar o Realismo, que teve como marco inicial a obra "Memórias Póstumas de Brás Cubas", publicada em 1881. Machado deixou um conjunto vasto de obras. Foi contista, cronista, jornalista, poeta e teatrólogo, além de fundador da Academia Brasileira de Letras. Seu nome completo é Joaquim Maria Machado de Assis . Nasceu no morro do Livramento, Rio de Janeiro, no dia 21 de junho de 1839. Filho de pais humildes: Francisco José de Assis, era pintor de paredes e sua mãe, a açoriana Maria Leopoldina Machado de Assis, era lavadeira. Machado ficou órfão de mãe muito cedo e, por isso foi criado por sua madrasta. Em 1851 seu pai também morreu. Sem recursos para estudar, era autodidata, e com apenas 14 anos publicou o soneto "À Ilma. Sra. D.P.J.A.", no Periódico dos Pobres, de 3 de outubro de 1854. Em 1855 seu poema "Ela" é public

POETAS DA SEGUNDA FASE DO MODERNISMO BRASILEIRO

  1.JORGE DE LIMA Jorge de Lima, conhecido como “príncipe dos poetas alagoanos”, foi um escritor modernista. Além disso, ele trabalhou como artista plástico, professor e médico. Pertencente à segunda fase do modernismo no Brasil, também chamada de “fase de consolidação”, Jorge de Lima teve grande destaque na poesia de 30.   BIOGRAFIA Jorge Mateus de Lima nasceu dia 23 de abril de 1893 na cidade alagoana de União dos Palmares. Passou sua infância em sua cidade natal e em 1902 mudou-se com sua família para a capital: Maceió. No jornal do colégio, ele já escrevia poemas. Em 1909, Jorge ingressou no curso de medicina na capital baiana: Salvador. Porém, foi no Rio de Janeiro que ele terminou a graduação. Trabalhou na área de formação, mas paralelamente foi se aprofundando na literatura. Além disso, esteve envolvido com a política sendo Deputado Estadual. Foi também Diretor-Geral da Instrução Pública e Saúde em Alagoas. Se dedicou também às artes plásticas (pintura de telas,

TEXTO LITERÁRIO E TEXTO NÃO-LITERÁRIO

Por que será que alguns textos são chamados de literários e outros não? Será que um texto literário precisa ter versos e palavras bonitas? Precisa ter rimas e metáforas?   Não é bem assim. O texto para ser literário precisa ter uma linguagem literária, ou seja, uma linguagem que saia do comum, da mera função referencial. Então podemos dizer que texto literário é aquele que contém poesia, que lida com o sentido figurado , com as figuras de linguagem , com as emoções.   Já o texto não-literário lida com a informação, portando, com o sentido próprio, com o sentido literal (ao pé da letra).   Um poema, uma crônica, um conto são exemplos de texto literário. Uma bula de remédio, um manual, uma reportagem   são exemplos de texto não-literário.   Nos exemplos a seguir, temos um TEXTO NÃO- LITERÁRIO (01)   e um TEXTO LITERÁRIO (02).   TEXTO 01               “Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a gerência (de uma das filiais do Mc Donald’s) de

A SEGUNDA GERAÇÃO MODERNISTA BRASILEIRA: 1930 – 1945

  A segunda   geração modernista brasileira recebeu como herança todas as conquistas da primeira. Foi um período bastante fértil quanto a produção literária (poesia e prosa). A par das pesquisas estéticas, a segunda geração amplia seu universo temático, incorporando preocupações relativas ao destino do homem, bem como ao “estar-no-mundo”. Observamos um forte desejo de pesquisar nossa realidade social, espiritual e cultural. A arte mergulha fundo no tenso panorama ideológico da época. Surge um dos mais importante pintores brasileiros, Cândido Portinari , que a exemplo dos demais artistas da época, denuncia as desigualdades da sociedade brasileira , bem como as conseqüências desse desequilíbrio. O ensino da arquitetura foi renovado no país, graças a nomeação de Lúcio Costa para a direção da Escola Nacional de Belas Artes . Em 1934, formou-se Oscar Niemeyer , que se tornou um dos maiores arquitetos do mundo. A música erudita empenhava-se em alcançar uma linguagem nacional, pri