O NATURALISMO NA LITERATURA BRASILEIRA
As características do naturalismo seguem os ideais do realismo, ou seja, estão relacionadas com a percepção da realidade. No entanto, trata-se de um realismo mais exagerado e que abrange sobretudo, os problemas da realidade social e de seus personagens.
Principais
características:
- Radicalização do realismo
- Oposição aos ideais
românticos
- Cientificismo e Determinismo
- Positivismo e Darwinismo
- Linguagem coloquial, clara e
objetiva
- Descrições minuciosas
- Visão mecanicista do homem
- Romance experimental
- Temas sociais, obscuros e
polêmicos
- Personagens patológicas
(mórbidas, desequilibradas e doentias)
- Foco na análise de
comportamentos humanos
- Sensualismo e erotismo
- Impessoalidade e engajamento
- Explicação pelas forças da
natureza
Origem
do Naturalismo
O Naturalismo foi um movimento artístico e cultural que surge em meados do século XIX, na França.
Trata-se de um estilo que se
manifestou na literatura, no teatro e nas artes plásticas. Para muitos, ele é
considerado uma ramificação do realismo.
Na literatura, seu precursor
foi o escritor francês Émile Zola, a
partir da publicação da obra “O Romance Experimental” em 1880. Ela foi
considerada uma espécie de manifesto literário do movimento naturalista.
Seu livro que merece
destaque é “Germinal” publicado em
1885, no qual o escritor descreve as condições subumanas dos trabalhadores de
uma mina de carvão na França.
No geral, os principais
temas abordados na literatura naturalista são: miséria, violência, crimes, patologias humanas, sexualidade, adultério,
dentre outros.
No Brasil, o naturalismo
começa em fins do século XIX e tem como marco inicial a publicação do romance “O Mulato” (1881) de Aluísio de Azevedo. A obra tem como
tema central o preconceito racial.
Também merece destaque sua
obra O Cortiço (1890). Nela, Aluísio
apresenta um retrato da realidade brasileira do século XIX mediante as relações
e o comportamento dos personagens.
Da mesma maneira, os
escritores naturalistas brasileiros estão preocupados em demonstrar os
problemas da realidade social, política e econômica. Por esse motivo, muitos
deles focam nos temas relacionados com a abolição
da escravatura.
Já em Portugal, o
naturalismo tem início com a publicação da obra “O Crime do Padre Amaro” (1875) de Eça de Queirós.
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