FIGURAS DE LINGUAGEM – PARTE 2
1. Sinestesia
A sinestesia acontece pela
associação de sensações por órgãos de sentidos diferentes.
Com aquele olhos frios,
disse que não gostava mais da namorada.
(A frieza está associada ao
tato e não à visão).
Abacaxilda tinha um cheiro
doce. (olfato e paladar)
2. Perífrase
A perífrase, também chamada
de antonomásia, é
a substituição de uma ou mais palavras por outra que a identifique.
O rugido do rei das
selvas é ouvido a uma distância de 8 quilômetros. (O rugido do leão é
ouvido a uma distância de 8 quilômetros.)
A cidade maravilhosa
continua linda. (Rio de Janeiro)
O país do carnaval
precisou cancelar a festa. (Brasl)
3. Hipérbole
A hipérbole corresponde ao
exagero intencional na expressão.
Quase morri de
estudar.
Estou te esperando há um
século.
Tristarildo chorou rios
de lágrimas.
4. Apóstrofe
A apóstrofe é a interpelação
feita com ênfase, chamamentos, invocações.
Ó céus, é preciso chover
mais?
Ó céus! Porque não me ligou?
5. Elipse
A elipse é a omissão de uma
palavra que se identifica de forma fácil.
Tomara você me entenda.
(Tomara que você me entenda.)
No mar, muita vida! (tem,
existe)
6. Zeugma
A zeugma é a omissão de uma
palavra pelo fato de ela já ter sido usada antes.
Fiz a introdução, ele a
conclusão. (Fiz a introdução, ele fez a conclusão.)
Gosto dela, e ela de mim.
(gosta)
7. Hipérbato
O hipérbato ou INVERSÃO é a
alteração da ordem direta da oração.
São como uns anjos os seus
alunos. (Os seus alunos são como uns anjos.)
“Do que a terra mais garrida
teus risonhos lindos campos têm mais flores...”
8. Polissíndeto
O polissíndeto é o uso
repetido de conectivos.
As crianças falavam e cantavam
e riam felizes.
Eu gosto de ler e de
escrever e de ser feliz.
9. Assíndeto
O assíndeto representa a
omissão de conectivos, sendo o contrário do polissíndeto.
Não sopra o vento; não gemem
as vagas; não murmuram os rios.
Chegou, ligou a TV, dormiu.
10. Anacoluto
O anacoluto é a mudança repentina
na estrutura da frase, uma mudança brusca de pensamento. É mais frequente na
língua oral que na escrita.
Eu, parece que estou ficando
zonzo. (Parece que eu estou ficando zonzo.)
A vida, não sei como será
sem saúde.
11. Silepse
A silepse é a concordância
com o que se entende e não com o que está implícito. Ela é classificada em:
silepse de gênero, de número e de pessoa.
Vivemos na bonita e agitada
São Paulo. (silepse de gênero: Vivemos na bonita e agitada cidade de São
Paulo.)
A maioria das clientes
ficaram insatisfeitas com o produto. (silepse de número: A maioria das clientes
ficou insatisfeita com o produto.)
Todos terminamos os
exercícios. (silepse de pessoa: neste caso concordância com nós, em vez de
eles: Todos terminaram os exercícios.)
12. Anáfora
A anáfora é a repetição de
uma ou mais palavras de forma regular.
Se você sair, se você ficar,
se você quiser esperar. Se você “qualquer coisa”, eu estarei aqui sempre para
você.
13. Aliteração
A aliteração é a repetição
de sons consonantais.
O rato roeu a roupa do rei
de Roma.
“Vozes veladas, veludosas
vozes...”
14. Assonância
A assonância é a repetição
de sons vocálicos.
“Esta menina / tão pequenina
/ quer ser bailarina.”
“Sou Ana, bacana, da cama,
sou Ana de Amsterdam”.
15. Onomatopeia
Onomatopeia é o uso de
palavras que imitam sons.
Não aguento o tic-tac desse
relógio.
Ela correu para fazer xixi.
16. Paronomásia
Paronomásia é a repetição de
palavras cujos sons são parecidos.
O cavaleiro, muito
cavalheiro, conquistou a donzela. (cavaleiro = homem que anda a cavalo,
cavalheiro = homem gentil)
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